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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Animação “Hotel Transilvânia” faz graça com monstros isolados


Cansado das perseguições dos humanos, o conde Drácula constrói um hotel escondido no meio de uma floresta
O conceito da animação infantil Hotel Transilvânia é bem simples: cansado das perseguições dos humanos, o conde Drácula constrói um hotel escondido no meio de uma floresta, onde monstros e outras criaturas estranhas podem se esconder e ter alguns dias de paz. O filme estreia em formato convencional e 3D, ambos com opções dubladas ou legendadas.
A execução do desenho não é ruim, mas, ainda assim, o filme não alcança todo o potencial que promete. A resposta está no roteiro, que tem dificuldades de ir além de seu bom ponto de partida.
A narrativa deslancha a partir da chegada de Jonathan (voz de Andy Samberg, na versão original, e Mckeidy Lisita, na nacional), garoto mochileiro, interessado em conhecer o mundo que, por acaso, encontra o hotel.
Drácula (Adam Sandler/Alexandre Moreno) está preparando a festa de 118 anos para sua filha, Mavis (Selena Gomez/Fernanda Baronne), quando Jonathan chega procurando um quarto, curioso pelo aspecto tão inusitado do local. A presença de um humano pode acabar com os negócios do vampiro  afinal, trata-se de um oásis dos monstros. Por isso, ele disfarça o garoto como Frankenstein e diz para o verdadeiro monstrengo que o novato é primo do seu braço.
O menino vai ensinar aos monstros a se divertir de verdade e também se apaixona por Mavis, que corresponde. Ela segue o estereótipo da adolescente rebelde contrariando as ordens do pai, curiosa por conhecer o mundo — mesmo quando Drácula diz que é perigoso, pois os humanos acabam com eles.
O elemento estranho no reino dos monstros tem um quê da menininha Boo, que na animação Monstros S. A. causou transtorno e transformações ao invadir o mundo das criaturas bizarras que ganham a vida assustando humanos. Mas o humor aqui não é tão sutil ou sofisticado.
Há, aliás, uma referência à Pixar, porém, mais explícita: o cozinheiro do hotel é francês e tem como guru um rato mas, ao contrário do protagonista de Ratatouille, o roedor aqui não tem nada de fofo ou simpático, é sujo e feioso, como os de verdade.
Os traços e o colorido do longa são atrativos e a riqueza de detalhes é impressionante, basta ver o interior da capa do Drácula: parece de verdade, com sua textura e brilho. Mas, em se tratando de roteiro (não se trata da ideia original, mas do desenvolvimento desta), seria preciso um esforço maior. No final, o fato de ser assinado por cinco pessoas pode até ter atrapalhado.

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